sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Maria Gabriela de Sousa Silva
Decorreu esta manhã um encontro com a escritora Maria Gabriela Sousa Silva (por sinal algarvia e farense!).
A sessão, subordinada ao tema "O prazer da leitura na adolescência", apontou caminhos para ganhar/consolidar o gosto pela leitura.
Para recordar, aqui ficam os “Direitos Inalienáveis do Leitor”, tal como os define Daniel Pennac no seu livro "Como um romance".
1) O direito de não ler.
2) O direito de saltar páginas.
3) O direito de não terminar um livro.
4) O direito de reler.
5) O direito de ler qualquer coisa.
6) O direito de amar os "heróis" dos romances.
7) O direito de ler em qualquer lugar
8) O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9) O direito de ler em voz alta.
10) O direito de não falar do que se leu.
Exposição de trabalhos dos alunos
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Cão como nós
Demos início, nesta quinta-feira, a uma nova actividade - o "Clube de Leitura(s)".
Esta primeira sessão, resultado do trabalho de articulação com a disciplina de Português, 10º ano, partiu da leitura do livro "Cão como nós", de Manuel Alegre, um dos títulos mais procurados pelos alunos, na nossa biblioteca.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Passagem à 2ª fase - Fase Distrital
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Concurso Nacional de Leitura - 1ª fase
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Ano Novo
Um novo ano é sempre um renovar de esperanças, projectos, desejos...
Eis o que, a este propósito, nos diz Carlos Drummond de Andrade:
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Eis o que, a este propósito, nos diz Carlos Drummond de Andrade:
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Subscrever:
Mensagens (Atom)